12.5.12

Um primeiro-ministro pateta



As afirmações feitas ontem por Passos Coelho sobre desemprego são preocupantes por todas as razões e por mais uma, para mim não menos importantes do que todas as outras já apontadas por muitos: são patetas e revelam uma total falta de bom senso. E nada há de pior para um país, e até de mais perigoso, do que estar entregue a pessoas patetas. 

No estado em que nos encontramos, afirmar, em público, que «estar desempregado não pode ser, para muita gente, um sinal negativo» e lançar uma crítica sobranceira sobre a falta de empreendorismo dos jovens licenciados (que, na generalidade, terão «aversão ao risco») é, no mínimo, repugnante e não tem desculpa possível. 

Se não é de esperar que todos os governantes sejam geniais ou iluminados, o que se pode e deve exigir, sobretudo em épocas de crise como aquela que atravessamos, é que tenham um mínimo de sensibilidade e até de formação em conceitos básicos que qualquer liderança, seja qual for o nível a que se exerça, não pode deixar de conhecer e praticar. 

Amadorismo e patetice resultam numa mistura explosiva. Is to não pode acabar bem, isto não vai acabar bem. 

Fica o vídeo para memória futura:

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