Mais um ano, mais discursos e cerimónias, mas nem é disso que me interessa falar.
Neste dia, nunca deixo de afirmar que considero que manter esta data para distribuir condecorações «democráticas» é um atentado à memória histórica, ou à sensibilidade para a mesma. Atentado que devia ser evitado, pelo menos enquanto houver quem se lembre do que se passava antes do 25 de Abril, sobretudo daqueles que foram medalhados por feitos na guerra colonial nas pessoas de mulheres, pais ou filhos, por eles próprios não terem sobrevivido (fotos reais a ilustrar este post). Dizia-me alguém que perdeu um irmão na Guiné que nem consegue abrir agora a televisão e eu entendo. Não seria bem mais normal reservar o 25 de Abril, por exemplo, para tal cerimónia (se é que ela faz sentido, nem entro nessa discussão...)?
Neste dia, nunca deixo de afirmar que considero que manter esta data para distribuir condecorações «democráticas» é um atentado à memória histórica, ou à sensibilidade para a mesma. Atentado que devia ser evitado, pelo menos enquanto houver quem se lembre do que se passava antes do 25 de Abril, sobretudo daqueles que foram medalhados por feitos na guerra colonial nas pessoas de mulheres, pais ou filhos, por eles próprios não terem sobrevivido (fotos reais a ilustrar este post). Dizia-me alguém que perdeu um irmão na Guiné que nem consegue abrir agora a televisão e eu entendo. Não seria bem mais normal reservar o 25 de Abril, por exemplo, para tal cerimónia (se é que ela faz sentido, nem entro nessa discussão...)?
Para quem não saiba, ou não se lembre, a partir de 1963 o «Dia da Raça» foi transformado em data de homenagem às Forças Armadas envolvidas na guerra colonial e era a tal ponto marcante que o actual presidente da República ainda tem actos falhados e usa a designação que deixou de existir em 1978 (substituída por «Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas»).
Era este o ambiente, é disto que estou a falar:
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2 comments:
Porque nao foi este "feriado" anulado como pensa o (des)governo fazer com outros? Nao entendo...
Por falar nos soldados que ficaram na Guiné, os familiares destes nossos militares devem perguntar-se:
para quê tanto sacrifício, se este PALOP está em vias de desaparecer?
É que neste momento já está ocupado por senegaleses e outros vizinhos, que provavelmente já não sairão mais daquele território.
Até a Guiné não ser mais que uma província dos vizinhos.
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