O último dia do mês foi fértil em emoções e faz prever uma bela rentrée.
A telenovela RTP viveu mais um episódio com o regresso de Relvas de Timor e a imediata demissão dos administradores da (ainda) estação pública ade televisão, umas dezenas de milhares de professores não colocados iniciaram um fim-de-semana tenebroso, ficou a saber-se que o desemprego não tem tendência para descer mas muito pelo contrário, e alguns políticos «desmultiplicaram-se» em afirmações mais ou menos retumbantes: Cavaco Silva disse, sem gaguejar, que «Instituições internacionais e troika devem rever aquilo em que falharam», Portas afirmou que «vai ser preciso um esforço para recuperar o sentido de compromisso que PSD e CDS demonstraram quando negociaram o programa do Governo». E julgo que Passos Coelho não disse nada, o que foi excelente.
Quanto aos elementos da troika, devem andar por aí de balaclava, numa tentativa de perceberem o sarilho em que nos meteram.
Mas três partidos ─ PSD, PS e Bloco ─ estão reunidos em promissoras universidades de Verão, ou coisa parecida, e todos fizeram questão de convidar oradores uns dos outros, numa demonstração de abertura e procura de «consensos». Touchée.
Além disso, houve Lua Azul, as praias estão cheias, a época das transferências fechou bem, com alguns milhões de euros desembolsados e embolsados em importações e exportações de jogadores, e os sportinguistas estão felizes porque ganharam 5-0 não sei exactamente a quem.
Portanto, apesar de tudo, parece que «tout va très bien, madame la Marquise», como não deixaria de recordar Pacheco Pereira.
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