Continuo atenta, diariamente, ao que se passa na Grécia. Hoje, ao meio-dia, o primeiro ministro grego declarou que as negociações com a troika tinham chegado a bom termo e que a Grécia receberia a quantia acordada, por ter conseguido definir as medidas de austeridade necessárias para o orçamento de 2013. «A Grécia ficará no euro. E sairá da crise», acrescentou.
Garantida estaria a aprovação no Parlamento, com o voto positivo do seu próprio partido – a Nova Democracia – e do PASOK (mesmo que a Esquerda Democrática mantivesse a já declarada posição negativa).
Mas, pouco depois, Venizelos, líder do PASOK, absolutamente furioso, negou que as negociações tivessem terminado e classificou a declaração de Samaras como «indecente»...
Vai bem a Grécia, como se vê. Vai bem a coligação, com os nervos à flor da pele, enquanto a população se afunda.
Tendo passado quase todo o dia com o debate na nossa Assembleia da República em som de fundo, ao ler esta notícia grega, tive não um sentimento de déjà vu, mas de uma espécie de regresso ao futuro. Porque isto por cá também não vai acabar bem. Nada bem, se algo de muito extraordinário não acontecer muito em breve.
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