6.10.12

Europa: pouco a celebrar



«Passaram 22 anos sobre a reunificação alemã, em 3 de Outubro de 1990. Neste tempo de outono europeu, em que os dias cinzentos da austeridade podem ser apenas o prelúdio dum inverno continental ainda mais doloroso, carregado de desordem e crispação, é caso para dizer que pouco ou nada resta para celebrar. (...)

Hoje temos mais Alemanha, mas muito menos Europa. Os Europeus já não temem os capacetes alemães, mas, pelo contrário, que a Europa se desmorone porque a Alemanha não quer descalçar as pantufas. O imobilismo alemão é hoje a arma de destruição maciça que pode lançar a Europa no caos.»

Viriato Soromenho-Marques

1 comments:

Anónimo disse...

Na mouche. Falta talvez acrescentar que não existe consciência de classe na Alemanha (e em França, já agora), pelo que uma "reunião" da Europa com base naquilo que deveria ser o mínimo a exigir por parte da classe trabalhadora europeia (a convergência de salários mínimos, serviço "europeu" de saúde, uma certa "nacionalização europeia" da banca que permitisse democraticamente alocar o investimento público...) não se tornarão realidade.

E mais: quando acordarmos no climax do pesadelo (isto é, quando nos convencermos que é impossível pagar a dívida e a restruturação no Sul atingir a banca alemã que vai sair desta brincadeira muito lesada) nunca é demais relembrar que o projecto imperialista de Hitler foi democraticamente eleito.