Em entrevista dada ontem à Rádio Renascença, Pedro Silva Pereira afirmou que o PS não está ainda preparado para apresentar ao país uma alternativa credível e que, nesse sentido, é de apoiar a iniciativa de «acelerar os calendários», como defende António José Seguro.
Mas disse mais: «Se o PS antecipa um conjunto de riscos para a estabilidade politica (...), então também se calhar conviria que a questão do congresso, visto que é um congresso electivo, pudesse realizar-se tão depressa quanto possível.» Entenda-se: porque está em causa a confirmação, ou não, de António José Seguro como secretário-geral.
Claro que a intervenção de Silva Pereira pode ser lida como o desejo de um reforço da autoridade de Seguro. Ou não: é possível que imagine já um novo discurso triunfador de António Costa no encerramento do dito congresso, de malas aviadas na Praça do Município e a caminho do Rato.
Costa atira cada vez mais farpas a Seguro, ainda não disse se se recandidata ou não por Lisboa a novo mandato nas autárquicas e deve estar minimamente irritado porque viu ontem chumbado, pela Assembleia Municipal, o seu orçamento para 2013. Tudo sinais de fumo, ainda fracos, mas todos numa mesma direcção.
Do ponto de vista do PS, seria, na minha modesta opinião, a única jogada para sair do marasmo em que se encontra. Para o PSD, um valente susto. Para o país? Não sei, a questão é bem mais complicada. Logo se veria.
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