25.1.13

RTP: hoje vão umas centenas para a rua, amanhã não sabemos



Ontem, não vi telejornais às 20h, mas, mais tarde, ouvi uma série de comentadores pronunciarem-se sobre a entrevista de Miguel Relvas quanto ao futuro da RTP. Uns achavam normal e razoável o adiamento anunciado, outros celebravam-no como uma vitória dos que defendem a não privatização da estação (e, portanto, uma vitória também de Paulo Portas). Ninguém me pareceu preocupado com o despedimento de centenas de trabalhadores, que pode chegar a atingir 620 em dois anos, ou seja cerca de 1/3 dos actuais (a somar às centenas que saíram nos últimos dois anos).

Não vou discutir se a RTP tem ou não trabalhadores a mais, nem se será possível uma programação decente com este corte . Choca-me a indiferença generalizada com que (não) se regista mais esta machadada em centenas de famílias. Vamos estando habituados – e isso é uma tragédia.

P.S. - Claro que, na entrevista, Relvas se recusou a confirmar que haverá «despedimentos» e repetiu, à saciedade, que se trata de uma «reestruturação». Quem tem estômago, que o oiça.



(Fonte)

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