A entrevista que François Hollande deu anteontem a France 2 continua a provocar ondas de choque e reacções em cadeia.
O jornal Libération publica uma análise, significativamente intitulada «Hollande est-il encore de gauche?», na qual se sublinha que o presidente teve «um cuidado escrupuloso em despolitizar o discurso», reduzindo a sua política a «uma simples caixa de ferramentas». (Mas onde é que já ouvimos isto?...)
A sua frase-choque – «je ne suis plus un président socialiste» (*) – anuncia uma viragem na orientação do governo ou é uma simples constatação de facto de uma política que a esquerda da esquerda não se cansa de condenar como «neta» do sarkozismo? Hollande ainda é de esquerda, perguntam os comentadores?
(*) Afirmação tirada deste contexto, note-se, mas que não deixa de ser estranha e significativa: «C’est mon rôle, non pas parce que je suis un président socialiste, d’ailleurs je ne suis maintenant plus un président socialiste, je suis le président de tous les Français, je suis le président de la France.»
Um excerto da entrevista:
A ler: Mélenchon attaque un Hollande «désincarné, presque déshumanisé»
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