27.5.13

Uma prenda para Mia Couto



Venceu o Prémio Camões. É uma excelente notícia para quem, como eu, desde há muito que lê tudo o que ele vai publicando. Não só mas também por me trazer ventos da terra em que nasci.

Um pequeno poema seu em jeito de homenagem:

Horário do Fim

morre-se nada
quando chega a vez

é só um solavanco
na estrada por onde já não vamos

morre-se tudo
quando não é o justo momento

e não é nunca
esse momento. 

In Raiz de Orvalho e Outros Poemas

E uma frase que li já nem sei onde e que nunca mais esqueci: «Não é o tabaco que a gente consome. A gente fuma é a tristeza.» 
.

6 comments:

samartaime disse...

Nyamamusango-Mangwanane


(espero que resulte!)

samartaime disse...

Não dá nem para dizer que ouviu?!

Joana Lopes disse...

Sim, ouvi. Mas qual a relação com o post? Ignorância minha, talvez.

samartaime disse...

Desculpe.Julguei que fosse de Moçambique, pela referência «a terra onde nasci» no poste sobre Mia Couto.

Isso é música moçambicana, dos marimbeiros de Zavala.
Hoje já há marimbas eletróncias mas essas ainda são marimbas tradicionais.

Joana Lopes disse...

Sim, sou de Moçambique mas saí de lá com 9 anos. E sempre julguei que isto era música da Á. do Sul. Thanks.

samartaime disse...

Na RAS também há marimbas. Não sei quais as mais antigas, mas em Moçambique são «de sempre».
Há no YT alguns vídeos coloniais que o mostram. Mas não costumo utilizar para que as pessoas não confundam «marimbas» com o colonialismo. Só isso.