Estar em Barcelona e não ir a Figueres, terra de Dalí, onde se encontra o seu Teatro Museu, é mais ou menos como estar a 140 quilómetros de Roma e não ir ver o papa ou não caminhar para Meca uma vez na vida. Hoje foi o dia: lé estive, lá passei umas horas no dito Museu, no meio de multidões, de lá saí com a sensação de ter visto a quinta parte do que passou à frente dos meus olhos e de não ter apreendido nem a centésima. Mas claro que valeu mais do que a pena, sempre fica alguma coisa.
De caminho vi Girona, uma cidade magnífica, cheia de igrejas lindíssimas sobretudo de estilo românico, num conjunto fabuloso de rios e pequenas ruas. E fiquei a saber que o símbolo da região é uma mosca. Porquê? Conta a lenda que, em pleno século XIII, os gauleses que cercavam a cidade, sem grandes entretimentos disponíveis, se divertiam a abrir sarcófagos. Eis senão quando do de S. Narciso terá saído um batalhão de moscas, bem coloridas como a bandeira da terra, que, sem meias medidas, dizimou muitos gauleses e pôs os outros em retirada. Daí a gratidão eterna das gentes de Girona a S. Narciso e, obviamente, às salvíficas moscas.
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