Chico Buarque da Holanda faz hoje anos e eu sorri quando, no Facebook, se discutia esta manhã quem o tinha visto pela primeira vez, e se nos anos 80 ou só nos 90. «Jardim infantil!», comentei. Porque «revi», inevitável e imediatamente, a velha representação de «Morte e Vida Severina», com poema de João Cabral de Melo Neto e música de CBH, a que assisti, no Teatro Avenida em Lisboa, em 2 de Junho de 1966. (*)
Foi interpretada por um grupo de teatro universitário brasileiro e acompanhada por três músicos, um dos quais era precisamente o que foi apresentado como o compositor: CBH (que por cá terá ficado algumas semanas a arrasar muitos corações...).
Em 1966? Há 47 anos? Sim. E Chico tinha apenas 22, o que parece tão incrível como ter agora 69.
Filme de Zelito Viana (1977)
(*) Há sempre controvérsias sobre o local – Teatro Avenida ou cinema Império – mas já concluí, há uns anos, que houve duas representações em Lisboa. Para além de uma outra no Porto e julgo que também em Coimbra.
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5 comments:
E, para ficar mais confuso, eu ia jurar que tinha visto era no Teatro do Bairro Alto. A companhia era do TUCA, o teatro da U. Católica de S. Paulo.
E lembro-mer de, atrás de mim, o Lopes Graça comentar para a Francine Benoit que aquele rapaz (CBH) ainda ia dar que falar.
Essa nunca tinha ouvido. Seria mesmo M e V Severina? É que, aqui há uns anos, houve uma grande discussão na blogosfera e concluiu-se que tinha havido estas duas representações em Lisboa 1966: Avenida e Império.
Vi em 1966. Estou certo de que não no Império, onde ia ao teatro mas para ver o TML. A minha ideia do Bairro Alto é de me lembrar bem de, à saída, ficar com amigos numa rua estreita, a discutir o espectáculo. Por isto, duvido que fosse na Av da Liberdade.
Posso garantir, ainda guardo o bilhete e o programa, a representação de "Morte e Vida Severina", pelo Grupo de Teatro da Universidade Católica de S. Paulo,ocorreu no Teatro Avenida na noite de 31 de Maio de 1966.
Houve uma representação no Porto e,
numa declaração à revista "Plano", o poeta e cineasta António Reis, disse: "Embora sem ter visto muito teatro, pelo que me foi dado ver,cá e lá fora, "Morte e Vida Severina foi dos espectáculos mais extraordinários que vi até hoje."
Sobre a eventual representação em Coimbra não guardo ideia.
Não estarei enganado por eventualmente o Avenida ter uma saída lateral? Já não me lembro
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