12.6.13

Não é chuva, é tempestade seguida de tsunami



«A queda do investimento no 1.º trimestre foi recebida pelo ministro das Finanças com uma explicação curiosa: condições meteorológicas adversas terão estado por detrás de uma queda inesperada da construção (-25,7%) que terá arrastado a queda do investimento em geral (-16,8% face ao mesmo período do ano anterior). Esqueçamos a crise do euro, a procura, a austeridade, os juros ou a confiança: foi a chuva. (...)

Nos últimos cinco anos o investimento caiu quase 40%, mas caiu quase 30% nos últimos dois anos. Esta evolução coloca-nos hoje, no 1.º trimestre de 2013, com um nível de investimento que só compara com o registado no 1.º trimestre de 1988, i.e., há vinte e cinco anos atrás. Esta é aliás uma das áreas em que as projecções do Programa de Assistência mais falharam, com a 7.ª avaliação a antecipar uma queda de 32% entre 2010 e 2013, face à previsão inicial de queda de 15% com crescimento já em 2013. (...)

Há algo que é claro em tudo isto: a queda do investimento não é chuva ou aguaceiro. É uma verdadeira tempestade seguida de tsunami que tudo está a destruir.»

Fernando Medina
(O link pode só funcionar mais tarde.)

E já agora, bem a propósito, Bruno Dias do PCP:


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