1.7.13

Ainda as pensões – regressar ao tema para que não seja esquecido



«A rubrica de despesas da segurança social em pensões e outras prestações sociais é de grande dimensão, pelo que se compreende a atracção pela sua utilização, numa óptica de redução da despesa pública, com cortes horizontais.

É fácil, é barato e dá milhões.

A estratégia de comunicação utilizada para justificar esta medida que provoca, em pessoas bem formadas, uma grande incomodidade, também é fácil de perceber: referir alguns casos singulares normalmente associados a cidadãos com visibilidade pública e/ou política, em que a reforma é elevada e desajustada ao período de contribuição efectiva, ignorando a esmagadora maioria de reformados cuja reforma provém de dezenas de anos de descontos e em que, nalguns casos, se pudessem ter optado por sistemas de capitalização autónomos receberiam valores muito superiores.

E todo este processo é conduzido como se não existissem alternativas.

Entretanto a gigantesca máquina do Estado, central e local, continua a gastar verbas consideráveis na rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos, com a aquisição de bens e serviços, conduzindo ao seguinte paradoxo que nenhum gestor empresarial consegue entender. (...)

O corte nas pensões actuais, sobre pessoas que já não podem reagir compensando essa perda de rendimento por outra actividade, e que fizeram um contrato, em que acreditaram, onde os descontos de uma vida de trabalho davam direito a um fim de vida digno é uma indignidade que ninguém com princípios e valores pode aceitar.»

O link pode só funcionar mais tarde. 
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