O Expresso de hoje revela os resultados de uma sondagem feita anteontem, 4 de Julho, no auge do tsunami que atingiu o país.
Para além de outras considerações, registe-se que o número de inquiridos que afirmam que a saída para a crise deve passar por eleições antecipadas (37,2%) é praticamente igual ao dos que desejam que o PSD continue no governo, apoiado pelo CDS, com ou sem Portas (36.6%). Julgo que não arriscaria muito de apostasse que esta última percentagem subiria em flecha se a sondagem fosse feita hoje, depois de se saber que o casal desavindo fez as pazes.
Duas razões possíveis, eventualmente cumulativas: apesar de tudo a «estabilidade» é quem mais ordena e / ou não se acredita maioritariamente (bem longe disso...) que um governo resultante de uma ida às urnas viesse a ser melhor que o actual, mesmo que este não dure muito.
Tudo isto apesar de PS, CDU, BE, centrais sindicais e vários movimentos sociais se baterem por eleições antecipadas e de Arménio Carlos ter dito hoje, na concentração da CGTP em Belém, que «a maioria esmagadora do povo português» as quer. Não parece. E não vale a pena dizer-se que todas as sondagens são más porque também não é verdade.
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