A crónica de Ferreira Fernandes, hoje no DN, é deliciosa.
«O britânico Jorge Alexandre Luís, que acaba de vir ao mundo com tantas televisões à porta, para um dia arranjar emprego vai ter de esperar na fila onde já estão o seu pai e o seu avô. No dia seguinte ao nascimento, um tabloide londrino, com a sua tendência para dar falsas notícias, mudou o seu habitual nome - The Sun (O Sol) - e intitulou-se "The Son" ("O Filho"). Erro! O bebé não é "filho", coisa nenhuma. Nem, aliás, neto: é bisneto. Essa condição é que ele vai ter de resolver para um dia ser alguma coisa na vida e não só cortar fitas em exposições de crisântemos como o seu já referido avô, que continua, ainda hoje, a não ser mais do que a frase, "It"s a boy!" ("é um rapaz!"), com que agora se recebeu este bebé. Um jornal humorístico, o Private Eye, foi ao essencial e pôs só três palavras na primeira página: "Woman has baby", "Mulher tem bebé". Mais dilatação do colo do útero, menos dilatação, mais peso (8 libras e 6 onças), menos, foi isso o que se passou. Depois, é que o bebé começou a ter condições especiais para se preparar para a vida. Desde logo, teve a sorte de não ser filho da Luciana Abreu e do Djaló e deram-lhe nomes simples, Jorge, Alexandre, Luís, que o unem à sua gente do passado. É muito importante ser de famílias cultas, como a dos Windsor ou a da minha porteira, que pôs ao neto o nome Custódio, em homenagem a um tio querido e desaparecido. Que o Jorge Alexandre Luís seja digno desses cuidados e feliz.»
(Imagem roubada ao Fernando Roque no Facebook)
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1 comments:
Portanto :)
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