5.7.13

Pessimista me confesso



Por muito que me custe – e custa mesmo – concordo quase totalmente com esta meia dúzia de linhas que Manuel Esteves escreve hoje no Negócios (*):

«O país está neste momento num beco sem saída: de um lado, a parede da Europa; do outro, o precipício. Os portugueses caminham em plano inclinado para o precipício.
A verdade é que haja um segundo programa de assistência financeira ou um simples programa cautelar, a cantiga da austeridade será a mesma. Com ou sem eleições, a política governativa será idêntica. Seja qual for a coligação governamental que resulte das eleições alemãs de Setembro, pouco mudará no que os alemães pensam e querem para nós.»

Quaisquer que sejam as decisões tomadas nos próximos dias, a curto prazo espera-nos um futuro negro porque não estão reunidas as condições para que não o seja. Melhores tempos virão porque os países não morrem (e nós já passámos por crises bem graves embora a memória seja curta), mas reservo o meu optimismo para um futuro mais longínquo. E não me ajuda, nem motiva, tentar acreditar em chavões bacocos, mais ou menos irrealistas e enganadores, só porque são politicamente correctos.

(*) O link pode só funcionar mais tarde. 
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