Se funcionários públicos, reformados, pensionistas e as organizações que os representam não desistirem de lutar, se o Tribunal Constitucional continuar, teimosamente, a cumprir o seu dever, se a rua voltar a mostrar em breve um novo cartão vermelho ao governo, então a coligação sólida que nos governa já tem na manga o legado que Vítor Gaspar lhe deixou na hora da despedida: a possibilidade de usar o fundo da reserva das pensões para investir na dívida portuguesa.
«Cerca de 4000 milhões de euros do fundo de reserva das pensões serão usados, em caso de emergência financeira», «em mais uma forma de tentar contrariar as forças que empurram o país para um segundo resgate, em 2014». Mais exactamente, em mais uma forma de tentar adiar esse segundo resgate.
Claro que a pensões ficarão quase totalmente expostas à volatilidade das obrigações portuguesas, mas who cares? Por enquanto, ainda se ouvem os acordes de My heart will go on.
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1 comments:
Mas esses milhões existem mesmo? Quem acredita?
Não estará lá no fundo do fundo apenas um papelinho chamado VALE?
Andamos a enganar-nos uns aos outros a pensar que enganamos os credores.
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