Teve lugar esta manhã, no Salão Nobre da Assembleia da República, a cerimónia de atribuição do Prémio Direitos Humanos 2013, presidida por Assunção Esteves. Um dos premiados foi «José António Pinto, assistente social da Junta de Freguesia de Campanhã, conhecido pelo seu trabalho e empenho pessoal na resolução dos problemas daqueles que são socialmente mais desfavorecidos e vulneráveis».
Mas JAP deixou na AR a medalha de ouro comemorativa do 50º aniversário da declaração Universal dos Direitos Humanos e afirmou que a trocava por outro modelo de desenvolvimento económico.
«Quero que os cidadãos do meu país hipotecado realizem os seus sonhos, quero que estes governantes estanquem imediatamente este processo de retrocesso civilizacional que ilumina palácios mas que, ao mesmo tempo, enche a cidade de pessoas a dormir na rua.»
(Ouvir aqui.) (*)
«Não quero medalhas, quero que os cidadãos deste país protestem livremente e de forma digna dentro desta casa e que quando reivindicam os seus direitos por uma vida melhor não sejam expulsos pela polícia destas galerias.»
Ele não foi expulso do Salão Nobre e as paredes de S. Bento registaram mais um protesto – simples e corajoso.
(*) Neste momento, deixou de ouvir o som no site da RTP, talvez temporariamente.
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2 comments:
Na verdade, o Chalana conseguiu sózinho dizer aquilo que muitos milhares de portugueses gostavam de dizer a esta gente. E de facto a frase aqui produzida também é bem vista "Um protesto destes por dia, nem sabem o bem que lhes fazia". Já se está a ver que daqui a 50 anos, a sessão será à porta fechada, por causa das coisas.
Vítor Gomes (Assistente Social)
É uma pena que o audio da RTP não esteja apresentado na íntegra, será por "ser uma verdade inconveniente"?
Um abraço José António Pinto "Chalana", pela sua verticalidade e porta-voz de todos os oprimidos e indignados!
Gostava que todos os Assistentes Sociais fossem um dia assim.
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