11.2.14

Tempos líquidos



«Vivemos tempos líquidos, como dizia o filósofo Zygmunt Bauman. Tudo muda de forma rápida. Mas, sobretudo, nada é sólido e feito para durar. Este é um mundo de incertezas, que a austeridade apenas ampliou.

A Europa é hoje líquida, e não apenas devido a um clima cada vez mais extremo. As certezas sólidas construídas após a II Guerra Mundial estão a desfazer-se, em neve e também em água. A livre circulação de europeus está a ser posta em causa, como é claro depois do referendo na Suíça. O nacionalismo mais radical ganha músculo, seja em França ou na Grã-Bretanha. A livre circulação parece começar a estar apenas disponível para quem tem meios para adquirir "Visa Golds". E os resultados das eleições europeias poderão afundar de vez o sonho que animou a Europa durante décadas: a de um continente solidário e aberto. (...)

A Europa é um rio sem barragens.»

Fernando Sobral, no Negócios de hoje.
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1 comments:

septuagenário disse...

A vida é feita de tentativas.

Os efeitos são bons ou maus conforme os pontos de vista.

Esta tentativa da eliminação das barreiras (alfandegárias) foi muito mau para os guardas fiscais e para os contrabandistas.

Isto também ajudou ao desemprego em Portugal.