«Portugal deixou de estar só a pagar o serviço da dívida. Está ao serviço da dívida. E, quando assim acontece, quem controla a dívida controla as decisões de um país.
Nada mais claro, mesmo que a classe política coloque óculos escuros para não ver esta terrível claridade. É por isso que a dívida põe e dispõe nos OE e na vida dos portugueses. Passos Coelho disse-o, com um sorrisinho que não deixa dúvidas: não sabe quanto vai cortar, mas aí vêm eles, em todas as formas possíveis, reproduzindo-se como Gremlins. (...)
Almeida Garrett dizia: "Portugal é, foi sempre, uma nação de milagre, de poesia". A desvalorização interna ao serviço da dívida está a tornar este país um acampamento de impostos e taxas. (...)
Milagres? Só quando olharmos mais para o mundo e menos para a UE.»
Fernando Sobral, no Negócios de ontem.
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