«Para os que duvidam da sinceridade de propósitos das instituições europeias, as declarações de júbilo de Schäuble, Barroso, Regling, Dijsselbloem e Van Rompuy perante o modo de saída do programa de assistência escolhido pelo governo português vêm provar que as coisas são mesmo o que parecem – a única preocupação da Europa é que a crise dos países periféricos não perturbe as economias do centro. Para demonstrar o seu apreço pela submissão portuguesa aos seus interesses, teremos a presença alegre da tríade, representada por Barroso, Lagarde e Draghi, num jantar festivo, em Lisboa, no próprio dia das eleições europeias. No imediato, pouco lhes importa o risco que Portugal irá correr perante a imprevisibilidade e a voracidade dos mercados financeiros. Após as eleições europeias, contam com a nossa habitual mansidão no caso de as coisas darem para o torto e as taxas de juro voltarem a morder violentamente a dívida soberana. Algo se há-de arranjar, pensam eles, nem que seja necessário impor uma nova dose de sacrifícios aos portugueses.»
Luís Nazaré
(O link pode só funcionar mais tarde.)
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