17.7.14

Ai, Portugal...



Domingos Lopes, no Público de hoje: 

«Portugal, em breve, assemelhar-se-á a um campo longilíneo de refugiados ao longo do mar. Sem agricultura, sem pesca, sem indústria que possa competir na UE, Portugal terá nas suas costas uma espécie de deserto a partir dos 30 a 40 quilómetros da costa.

Nesse interior abandonado, quase sem emprego, serviços de saúde, tribunais repartições de Finanças e escolas, os jovens acumular-se-ão sempre e mais na pequena faixa litoral, deixando em risco a própria existência do país que foi herdado dos antepassados. Sem esperança e com uma taxa de mortalidade superior à da natalidade, é o destino do país que está em causa, enquanto nação independente.

Endividado, incapaz de fazer do euro um meio de se afirmar na UE e no mundo, com dirigentes políticos a baterem-se pelas suas coutadas, impotente para ganhar a confiança popular que virou as costas às instituições, Portugal caminha ao sabor dos ventos e entregue aos desígnios dos credores, os verdadeiros donos do país.»
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