17.10.14

Dois títulos, uma mesma e triste realidade



«Temos que olhar para as poucas [crianças] que nascem e fazer com que desenvolvam todo o seu potencial. Temos que ter a certeza de que não há negligência, que são bem tratadas, que não há insucesso escolar.»

«Riscos de pobreza ou exclusão social para as crianças foi sempre maior do que para a população total nos últimos anos, revelam dados do INE no Dia Internacional contra a Erradicação da Pobreza. (...) Em Portugal, em 2012, o risco de pobreza passou a atingir 24,4% das crianças, quando essa proporção era de 21,8% em 2011.»

Ou seja: tentar que sejam postas mais crianças à luz do dia neste país, sem que aquelas que existem deixem de ser negligenciadas, ou continuem a alimentar o caudal do risco de pobreza, talvez não seja mais do que insensatez ou populismo barato, de quem usa pensos rápidos para curar doenças graves. 
Por exemplo, diminuir umas décimas no IRS para quem tem filhos é certamente uma medida correcta, mas que não compensa o gigantesco corte de 700 milhões de euros para a Educação no OE2015. Etc. etc., etc. Assim, é óbvio que não vamos lá.
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2 comments:

ruialme disse...

Joana, calculo q quisesse dizer «sem que aquelas que existem sejam negligenciadas».

Joana Lopes disse...

Não, Rui queria mesmo dizer «sem que aquelas que existem deixem de ser negligenciadas».