«A gigante PT queria ir para o Brasil tomar conta da Oi e acaba comprada pela Oni e Cabovisão. É como se os navegadores portugueses, responsáveis pelos descobrimentos, não passassem do bugio. Depararam-se com um Adamastor de 900 milhões de euros e saltaram das naus. Zeinal é uma Carmen Miranda que, no primeiro show, acabou a levar com fruta. Saiu com um ananás na testa, mais por pontaria do público que por moda baiana. (...)
Confirma-se, Portugal é só cenário. O nosso país é como aquelas cidades falsas de Hollywood, onde filmavam os western. Vai-se a ver e, por trás, não há nada, e está tudo equilibrado com umas estacas. Nem as balas são verdadeiras. Ninguém morre mesmo. Voltam sempre a aparecer. O BES era uma fortaleza de cartão. O Salgado um génio das finanças com traseiras de Dona Branca. Zeinal Bava, um dos "premiados melhores gestores mundiais", não aguentou uma auditoria para se transformar num Godinho Lopes das telecomunicações. É como se um cozinheiro fosse considerado um dos melhores chefes do mundo mas, na realidade, ninguém provava os pratos que ele fazia. (...)
No final desta história, Zeinal Bava deixa a presidência da Oi com um cheque de 5,4 milhões de euros, mas os brasileiros, antes de lho darem, disseram: "agora, vê lá, não gastes tudo em GES ".»
João Quadros
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