26.1.15

Grécia. Quando a pulga mordeu o elefante



Estão a ser escritos milhões e milhões de caracteres sobre a vitória do Syriza na Grécia. Mais uns tantos, em estilo quase telegráfico.

Independentemente do que se seguirá, foram ontem atingidos dois objectivos maiores, aqueles que sempre me fizeram esperar que 25 de Janeiro ficasse marcado como um dia histórico – não só para os gregos, nem talvez apenas para os europeus, mas (e muito) para nós que por aqui estamos nesta outra ponta do velhíssimo continente. Fundamentalmente, por duas razões:

1 – Porque ficou provado que um dos mais pequenos e o «mais desgraçado» dos nossos companheiros de percurso conseguiu enfrentar sem medo os grandes, e vencê-los, com uma postura expressa e fortemente anti-austeritária.

2 – Porque se quebrou o mito da inevitabilidade de governar ao centro, em alternâncias com laivos de danças macabras. Que a Nova Democracia tenha tido uma derrota importante e que o PASOK tenha passado quase à insignificância são excelentes notícias.

Vêm aí tempos difíceis e imprevisíveis para a Grécia? Certamente. Mas de grande esperança. 
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