«A revista Visão veio confirmar esta semana - a lista VIP do Fisco existiu e já estava implementada. É melhor ir ver o sorteio dos Audi não vá o Núncio estar a pensar abrir um stand. Aposto que já saíram 3 Audi à mulher do PM.
Incrível, afinal a lista existe e é mesmo VIP. Ou seja, confirma-se tudo o que não existia. A auditoria do Fisco diz que a lista VIP já estava "implementada" e estava tudo a funcionar impecavelmente; uma enorme chatice para a maioria pois, pela primeira vez, um novo sistema implementado por este Governo funcionava às mil maravilhas. Foram quatro anos a tentar acertar na colocação de professores, nas reformas do Estado, na implementação de novos sistemas de saúde, e nada funcionou. Agora, fazem uma lista VIP toda catita , tudo a funcionar a 100% e, afinal, era ilegal. Também já é azar, ou embirração. (...)
Recordemos que, na sequência do caso da lista VIP que não existia, se demitiram dois funcionários das finanças. Ou seja, mais umas listas deste género e respectivo rolar de cabeças e está feita a reforma da Função Pública. Resta a satisfação de que felizmente os culpados foram castigados e todos os que nas últimas eleições votaram Brigas estão arrependidos. Portanto, quando vier o próximo acto eleitoral não se esqueçam que os culpados disto tudo foram: dois professores do Ministério da Educação que fizeram mal a fórmula do Crato, dois bófias da PJ que deram cabo do Citius, dois quadros médios do Fisco que fizeram uma lista VIP e para aí uns três contabilistas, e uma dactilógrafa do Banco de Portugal, que deram cabo do BES. (...)
Resumindo, que estou cá para isso, a criação da lista VIP surgiu na sequência de notícias sobre dados fiscais do PM, na altura do caso Tecnoforma , mas foi para proteger o Ronaldo que, parecendo que não, também anda metido com aviões.
Ou seja, perante uma incomodidade do PM, quiseram mudar o sistema de alerta fiscal, e depois queixam-se dos outros que só agora, com o ex-PM preso, se preocupam com prisão preventiva. São da mesma lista VIP.
No fundo, isto é tudo deles e ainda vamos descobrir que a criação da lista foi só porque ninguém no Governo sabia o que dar ao PM nos anos. Provavelmente, sempre que alguém espreitava a situação fiscal de Passos Coelho, começava a soar, aos altos berros, nas colunas de som das finanças o "Depois do Adeus", do Paulo de Carvalho.»
João Quadros
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