«O Estado Social está em perigo, está ligado às máquinas, quase a morrer. Esta morte anunciada não é inevitável. Existem alternativas e outro caminho para o revitalizar. A intenção de destruir o Estado Social é política e ideológica pois permite ao actual Governo ter o falso argumento de passar para a esfera privada funções sociais do Estado lucrativas. Com a falência do Estado Social é mais fácil florescer o negócio lucrativo na área da educação, da saúde e da gestão do fundo de pensões. Com a anunciada morte do Estado Social o dinheiro para proteger as pessoas pode ser descaradamente utilizado para comprar títulos de dívida pública. Com a anunciada morte do Estado Social os cofres de Portugal ficam vazios para pagar os juros da dívida à senhora Merkel. Com a anunciada morte do Estado Social vamos ter mais tolerância para o empobrecimento, para o aumento das desigualdades sociais, para a perda de direitos e para o retrocesso civilizacional que nos envergonha a todos. Com a anunciada morte do Estado Social aceitamos sem protesto e indignação um Estado mínimo de caridade e assistencialismo que humilha e não emancipa os mais desfavorecidos.»
José António Pinto
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