17.8.15

Democracia sem soberania popular?



«O drama da Grécia representa uma rendição. Um povo elege um governo que quer quebrar o círculo vicioso que o domínio do capital especulativo impôs aos países e aos seus governos e faz uma consulta popular na qual os cidadãos expressam o seu desejo de romper com essas correntes. Mas as estruturas económicas e políticas do poder da Europa impedem que essa vontade popular se concretize. O poder do capital financeiro é contrário à soberania popular, à democracia do povo.

É o fim da democracia na Europa? Se se continuar a impedir que novas forças, como o Syriza e Podemos, possam chegar ao governo e pôr em prática políticas alternativas, a democracia política ficará reduzida a uma casca sem conteúdo popular.

Para tentar bloquear essas novas alternativas foi utilizado um monstruoso poder mediático para gerar formas de rejeição dessas forças, através de campanhas de mentiras e de calúnias, de disseminação do medo da mudança, que é a única força que sobra às organizações conservadoras e às suas variantes mal disfarçada de renovação do que é velho para tentar que sobreviva.

Nesta luta entre o velho e o novo, no não podemos e no podemos, entre a resignação e a indignação, o que está em jogo é o destino da democracia na Europa.»

(Daqui)
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