Marcelismo, dia terceiro. (Fernanda Câncio)
«Este lado temerário, irresponsável e tão pouco cristão de Marcelo, há décadas a fazer as delícias do jornalismo dito "político" (o qual, não esqueçamos, integrou nos primórdios do Expresso) e patente no descaramento com que renega declarações e ações anteriores, deveria deixar toda a gente com o mínimo de informação com um ou mesmo os dois pés atrás. Em vez disso, o que vemos são declarações de amor, baba e comoção, e o verberar autoritário dos partidos que "ousaram", recusando palmas na posse e no discurso, não aderir ao unanimismo marcelista. (…)
Tudo bem, ver Cavaco pelas costas é um alívio. E Marcelo puxa à festa, literal e metaforicamente. Mas se há algo de notável naquele discurso é ser uma camisola tamanho universal a que não falta sequer o bafio da exaltação da "alma tuga" - ali em "indomável inquietação criadora que preside à nossa vocação ecuménica" - e da "grandeza", a terminar numa espécie de grito de Nun'Álvares: "Pelo Portugal de sempre!".»
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1 comments:
Há certas esquerdas que não passam sem um "bombo prá festa"
Foi um, veio outro?
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