«Já está. Custou mas temos um novo Presidente. Finalmente. Mas estamos sem primeira-dama... os mercados já se pronunciaram?
Podemos dizer que a primeira-dama é o Omeprazol. Mas acho que os mercados vão gostar da novidade. Não ter primeira-dama, só em sapatos, poupa-se para um hospital, três creches e 100 km de auto-estrada.
Foram mais de 500 convidados, o Parlamento decorado com 2.000 rosas das cores da bandeira nacional, o novo Rei de Espanha e o Junker, que veio cá relembrar ao Marcelo quem é que manda nisto. Como diria o outro, não é esse, é aquele, "foi bonita a festa, pá". Há quem diga que Cavaco só teria uma festa destas no enterro. Foi uma festa da inclusão, durou três dias para incluir a comunidade cigana. Foi uma tomada de posse popular quanto baste. Imagino que, se Tino tem ganho as eleições, iria cair no exagero e acabava a fazer uma festa no Terreiro do Paço com o José Cid e o Anselmo Ralph. (…)
A chegada do Professor Rebelo de Sousa a Belém é como se saísse um monge capuchinho e entrasse um travesti. Vai-se beber mais esta semana em Belém que nos últimos 10 anos. Vai haver coisas partidas e nódoas onde sempre houve arrumação e limpeza: o Presidente de Angola todo em loiça colado com cola, café no sofá, migalhas de bolacha araruta nos documentos históricos, etc. Nada será como dantes. Só tenho pena que Aníbal se tenha retirado sem revelar a sua "password" de PR. Aposto em 1 2 3 4 5 6.
Em jeito de conclusão (que já se faz tarde e ainda tenho de ir aos frangos), Marcelo banhou-se de povo. Mergulhou no rio da emoção popular. Ficou ali entre o amor fraterno do Papa Francisco e a cumplicidade popular do Fernando Mendes. Tornou as gentes de Portugal como seu salvo conduto. Imagino que, se alguém agora lhe quisesse fazer frente, teria que enfrentar a ira da população e seria bombardeado com produtos regionais. É bem pensado para o que aí vem.»
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