15.5.16

A União que naufraga



«A União Europeia não serve, pelo unilateralismo das suas decisões e pela ausência de solidariedade. As vozes que clamam contra esta anomalia, que dissolveu os propósitos generosos dos seus idealizadores, são muitas e múltiplas. As exigências de Bruxelas às nações ofendem as características dos povos, da sua História e da sua cultura. (…) Os partidos tradicionais são contestados pela subserviência demonstrada ante a Alemanha. A "alternativa" deixou de existir, substituída pela "alternância". Como quem diz: baralha e sai sempre o mesmo. (…)

Não se pode viver com esta tirania do autoritarismo. E a Europa é inexistente com muros e arame farpado que impedem de fugir os milhões de foragidos dos vários desesperos nacionais. Sempre me senti europeu, e não precisei desta União para o ser. Quem defende e protege este modo de vida são, esses sim, contrários e inimigos dos princípios que nortearam os europeus decentes e íntegros. Esta Europa procria o ódio, alimenta o rancor, hostiliza os povos e submete-os a baias de terror impositivo.

Temos sofrido, na carne e na alma, a assunção de valores novos que mais não são do que vectores de desagregação. Esta União Europeia é instigadora da submissão e da abominação. A luta para que a União regresse aos caminhos propostos é, também, uma luta contra o Partido Popular Europeu, que alberga gente do piorio sob o ponto de vista da ética política. Nunca será demais denunciar os perigos a que esta política poderá levar. O ovo da serpente não foi totalmente esmagado.»

Baptista Bastos

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