«O ministro das Finanças da Alemanha voltou a atacar o Governo: "Portugal estava a ir bem até chegar este Governo".
Temos sorte em Schäuble não ter vindo dizer que o Deutsche Bank está como está desde que chegou o Governo de Costa. Schäuble tem mesmo uma obsessão connosco. Uma embirração que eu não sei se não terá a ver com a calçada portuguesa.
Diz o ministro das Finanças alemão que este Governo não está a cumprir as promessas que o anterior fez. É exactamente por isso, shor Schäuble, que existe este Governo. Primeiro, porque as promessas que o anterior Governo lhe fez eram diferentes das que o anterior Governo nos tinha feito, antes de vencer as eleições. Segundo, porque como as promessas que esse Governo lhe fez não prometiam nada de bom, na primeira oportunidade, mudámos para outro. Chama-se alternância. É próprio da democracia e tenho o palpite que, em breve, o senhor Schäuble vai sentir isso na pele. Alguém sabe como é que se diz "ide marrar com o comboio de Chelas" em alemão? (…)
O mais curioso, neste ataque ao Governo actual, e defesa do anterior, é que se por acaso Schäuble se lembra de ligar agora a televisão, do bunker onde mora, no nosso Canal Parlamento e vê Passos e Cristas a pedirem para este Governo aumentar as pensões mais baixas, vai ter uma surpresa e só não tem um ataque cardíaco por ausência do órgão.
Segundo as minhas recordações, para a troika schaubliana da austeridade, as pensões eram para ficar todas congeladas até ao fim do século ou, numa hipótese mais remota, até a GNR conseguir apanhar o Piloto. Em relação a este último assunto, eu desconfio que a PSP e a GNR ainda não apanharam o fugitivo de Aguiar da Beira de propósito, porque o Estado, este ano, espera obter uma maior receita fiscal com imposto sobre cartuchos.»
João Quadros
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