21.11.18

21.11.1975 – O juramento no Ralis



Há quem não tenha idade para o recordar ao vivo e a cores, há os que ainda se lembram com terror do que sentiram com aquilo que o juramento no Ralis podia prenunciar e há aqueles a quem nunca será roubada a utopia de um acto que pertence a uma herança que ainda hoje os mantém de pé no presente e perante o futuro.

A quatro dias do 25 de Novembro, o juramento de bandeira dos cento e setenta novos recrutas do RALIS ficou para a História – queira-se ou não.



Imagens e palavras quase surrealistas quando vistas e ouvidas hoje, mas que funcionam para muitos como uma espécie de relíquia de «um sonho lindo que acabou». Um caminho que ficou para trás mas que não se apaga – nunca.

A notícia no Diário de Lisboa do dia:


1 comments:

A.Coelho disse...

Quando cheguei a 26/11 de Lamego para "ocupar" o então Ralis, não encontrei nenhum destes "revolucionários" da treta no quartel. A grande maioria dos oficiais e sargentos do Quadro Permanebte tinham fugido , bem como as praças.A única praça que encontrei estava preso, mas tinha autorização do Comandante para ir passar o fim de semana a casa e tinha a chave da sela em seu poder. Fui com a minha equipa ocupar o gabinete do oficial de dia e que encontrei foram dezenas de peservativos, e propaganda da UDP,MRPP,Fec-ml etc etc. Os paiois tinham munições para dois dias de fogo ineterrupto. Existiam vários ninhos de canhões sem recuo 10,6,metrelhadoras quadrupulas antiaérias. Na parada do Soldado Luís estava uma dúzia de canhões 105mm apontados ao Regimento de Comandos e 2 dúzias de obuses motorizados de 155mm. Nem um tiro foi disparado pelos revolucionários da treta