«A história do arrastão mostra-nos que a sensação de insegurança não precisa de um perigo real. Para o propósito da construção do medo como programa político, as pessoas não têm de viver em perigo, basta que se sintam inseguras. E não faltam hoje em Portugal jornais, programas e canais de televisão dispostos a encher esse balão, nem políticos, eleitos ou candidatos, dispostos a aproveitá-lo. Os tempos são de guerra, é verdade, mas pelas audiências. E somos então inundados de crime. O crime está em todo o lado, é analisado, repetido e difundido como se fosse uma epidemia. O país não mudou, as ruas e as praias são as mesmas, mas a insegurança sente-se, como um arrastão que nunca aconteceu.
Não se deixe enganar. O nosso país é o quarto mais seguro do Mundo e a criminalidade tem descido. A maior ameaça à segurança em Portugal é a violência doméstica, um crime tolerado dos vizinhos ao juiz, mas que matou 500 mulheres nos últimos 15 anos e 11 desde o início de 2019.»
1 comments:
O medo,ainda que natural,é o pior dos sentimentos. Cada um tem que dominar o próprio e não pensar em aguentar o dos outros. E a coragem pode ser muito atraente e contagiosa! Não se vacine contra ela!
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