7.7.21

À beira-mar plantados

 

«Não parece haver espaço para a sensatez. Ou se está com os fundamentalistas sanitários, que vislumbram a catástrofe em cada jantar tardio no restaurante ou convívio juvenil à beira-mar; ou se está com os negacionistas e os seus delírios sobre o ataque à liberdade por um Estado totalitário.

O espaço público foi contaminado por um discurso político polarizado, em que já não há síntese de opiniões divergentes, uma vez que não se negoceia com os inimigos ignorantes que estão do outro lado da barricada. Mas não tem de ser assim. Se não se querem ouvir uns aos outros, ao menos ouçam o presidente da República, que tem, entre outras, a vantagem recente da autoridade do voto popular. Já não estamos perante a ameaça desconhecida de março de 2020. Já não voltará a espiral de morte de janeiro deste ano. Já temos milhões de pessoas vacinadas e em particular os mais velhos e mais frágeis. Mas estamos na quarta vaga. E cresce a pressão sobre os hospitais. Prevenção em vez de proibição é o que se exige ao Governo. Responsabilidade individual em vez de histerismo é o que se exige a cada cidadão.»

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2 comments:

Monteiro disse...

Alto! Algo se passa. Eu hoje não ouvi o Presidente da República falar.

SCarvalho disse...

"Responsabilidade individual"
E vê-la