Pier Paolo Pasolini faria hoje 100 anos. Com uma vida atribulada e mais do que polémica, e uma morte trágica, deixou-nos livros, poesias, ensaios e teatro, mas ficou mais conhecido pela sua filmografia., de um modo muito especial por «O Evangelho segundo S. Mateus», de 1964.
A surpresa generalizada com que este foi recebido quando apareceu, de um Pasolini marxista, ateu e anticlerical (até condenado anteriormente por blasfémia), mereceu-lhe o seguinte comentário: «Se sabem que sou um descrente, conhecem-me melhor do que eu próprio. Posso ser um descrente, mas sou-o com a nostalgia de não ter uma crença». O filme foi «dedicado à querida, alegre e familiar memória do papa João XXIII», que morreu antes de poder vê-lo.
Um belo Cristo, mais revolucionário do que pastor, que provocou a ira de alguns críticos e o entusiasmo de muitos outros.
O filme completo pode ser visto AQUI.
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