«Sim, a crise inflacionista foi real, os dados económicos estavam a melhorar, as pessoas ainda não os sentiam no bolso, mas penso que o capitalismo não espera o mesmo que se espera de um estado social robusto e também penso que não é “woke” combater uma das armas da extrema-direita, essa de ter direitos humanos elementares como “causas fraturantes” ou coisas “woke “de uma esquerda “que já cansa”.
A verdade é que este horror pegou porque anda meio mundo a defender um outro mundo que não conheço em que a defesa da classe trabalhadora exclui a defesa das causas identitárias ou mesmo que elas não se cruzam. Como se na classe trabalhadora não existissem negros, mulheres que são discriminadas no acesso à IVG, gays e lésbicas ou trans. (…)
E o grande tema que está na base de todas estas novas direitas não são os gays, nem as lésbicas, nem os trans. Esses são usados para agitar quem por associação é racista e xenófobo. Sim, o foco destas direitas extremadas é mesmo o racismo e a xenofobia, a repulsa pelo outro, no caso o regresso à América proibida, à América branca, suprema, fechada e para alguns. E é por isso que se acena com a “teoria da substituição”. Lá e cá.»
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