18.3.25

O silêncio ensurdecedor do PSD

 


«O silêncio de que falo é, pois, o silêncio das dúvidas que não se levantaram, das vozes que não questionaram, dos incómodos que não se ouviram, das críticas, ainda que veladas, que não se fizeram. Devo excecionar, para ser justo, dois ou três bravos militantes. Mas não mais. Foi o silêncio, um ruidoso silêncio, aquele que imperou.

É evidente que não sou ingénuo e não estaria à espera de que logo se desencadeasse uma noite das facas longas. Nem isso teria feito qualquer sentido, de resto. Afinal, naqueles primeiros dias, levantaram-se dúvidas à espera de respostas e não necessariamente certezas. Da mesma maneira não esperaria, nem porventura isso seria inteiramente leal, desafios declarados ou ataques abertos na praça pública. Mas destas hipotéticas posições quixotescas ao silêncio acrítico e à disponibilidade para cegamente atestar sobre o que não se conhecia, vai um mundo de diferença. E é esse mundo de diferença que impressiona.»


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