O discurso da tomada de posse de Marcelo Caetano como presidente do Conselho de Ministros, em 27 de Setembro de 1968, ficará para sempre associado a uma frase:
«Não me falta ânimo para enfrentar os ciclópicos trabalhos que antevejo».
Nuno Bragança comentou então:
«Referir-se-ia ele ao gigantismo dos ciclopes ou à característica monocular dos mesmos? Creio que foi de António Sérgio a conhecida e terrível frase: "O drama de Portugal não está em que nele reine quem tiver um olho só, mas no facto de alguns arrancarem um dos olhos para poder reinar".» (*)
Há coisas que não mudam.
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(*) In O Tempo e o Modo, nº 62-63, Outubro de 1968.
3 comments:
Se de facto for verdade, "há coisas que não mudam" é uma frase ainda mais terrível que a de António Sérgio.
Talvez. Cada um que interprete como quiser...
sem muito, esforço consigo encontrar assim duma penada, 3 ou 4 figuras da nossa vida política actual, a quem posso aplicar quer a frase de marcelo, quer a de antónio sérgio...
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