21.1.09

Professores pedem dissolução da AR!











O MUP (para quem não saiba, como eu, «Mobilização e Unidade dos Professores») «vai pedir ao Presidente da República que dissolva o Parlamento. Este repto é encarado como a única forma de derrotar as "políticas destrutivas do Governo e salvar o ensino em Portugal"». Parece que ainda hesitam por «o facto de essa eventual demissão do Governo poder (...) ainda vir a beneficiar o próprio Executivo, alcançando uma maioria absoluta em eleições antecipadas».

Há uma outra associação de professores que considera «prematura a demissão, pois ainda há um caminho a percorrer para que a imagem do PS fique mais desgastada». (Releiam.)

Eu, insuspeita de defender o PS e, ainda menos, a sua maioria absoluta, leio e pasmo! Estes senhores querem «o bem» do ensino em Portugal ou são o embrião de novos partidos políticos? O que se segue? Criação de grupos clandestinos? O regresso à luta armada?

(Fonte)


3 comments:

Anónimo disse...

MUP, APEDE, etc.. Se assim for, em termos político-partidários, vamos de especialização em especialização profissional: Primeiro aparece o MEP com os seus quadros para-partidários e os seus candidatos constituídos exclusivamente por licenciados. Virão agora os movimentos de professores fazer o mesmo? E mais tarde no seu seio autonomizar-se-ia, por exemplo, o núcleo dos catedráticos?

Eu estarei bastante mal informado sobre o interior das lutas dos professores, pois actualmente quase só tenho a que me chega pela imprensa. Mas acho que só muito recentemente (não mais que dois meses) é que comecei a ouvir falar nas preocupações dos professores com a qualidade do ensino. Até aí todo o "som" era apenas de carácter corporativo e, pelo que me elucidaram alguns amigos professores (de esquerda não PS), à mistura com justas reinvidicações (por exemplo dos que não conseguem colocação profissional numa escola) existe muito oportunismo, algum do qual aquele que pretende tirar proveito das actuais regras para ingresso no ensino superior dos nossos jovens formandos, balisadas sobretudo pelas notas e pelos números clausus (claro que com a colaboração tácita de muitos pais).

E poderíamos avançar por aí dentro, por exemplo com os conceitos de educação, formação, cultura, etc., em divergência com os actuais conceitos de criação em exclusividade de competências profissionais. Questões políticas, claro.

Joana Lopes disse...

Jorge,

Eu já estou tão farta desta questão e de a discutir (ou pelo menos tentar) com tanta gente, que só assinalo o que me parecem casos extremos de disparate.

Jakk disse...

Eu que andei ali num Externato para os nossos lados, no Largo da Luz. Verdade seja dita, com um ensino melhor que os outros. se hoje estou a fazer o que faço, com a necessidade de falar 4 línguas, muito o devo a professores do Externato da Luz. Não tenho dúvidas que fui um pouco "abençoado", salvo seja, que na cataquese nunca gostaram da minha prestação. Depois segui pelo ensino oficial. quantos profesores captaram o meu interesse ou souberam dar-me motivação?!? Poucos, muito poucos...