A propósito do comunicado da Câmara Municipal do Porto, há pouco divulgado, é importante conhecer um texto publicado, há dois dias, no blogue da Escola.
Papel. Mas que papel?
“A licença foi renovada e prolongada até ao passado mês de março”. Esta frase foi repetida em vários cabeçalhos noticiosos há cerca de dois meses, altura em que o Es.col.a veio a saber da intenção da CMP despejar a escola ocupada em Abril de 2011, no Alto da Fontinha. Como é que, de forma instantânea, uma ordem de despejo se transforma num prolongamento dum contrato que nunca existiu? Por mais insistência com que esta data de fim de março seja apresentada pela autarquia e pelos media, a verdade é que apenas soubemos dela através duma carta de despejo, que não foi sequer enviada directamente ao projecto ou à sua Assembleia.
Mas aqui estamos já a meio dum longo caminho no qual a CMP, através dos media, quer transmitir a versão que lhe convém, travestindo-a de factos assumidos e absolutos. Resta-nos a nós a desmontagem de alguns dos argumentos dos quais a CMP se faz valer para tentar justificar o despejo do projecto que no último ano deu vida a uma escola que estava abandonada há mais de 5 anos por essa mesma câmara.
Continuar a ler aqui.
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3 comments:
Sem contrato não há direito para ocupação. Qual é a legitimidade dos "ocupas"? A anarquia nunca foi um bom caminho, quem o trilha não pode ir longe.
Antes de comentar, talvez fosse bom ler os DOIS documentos que tive o cuidado de referir e não só o da CMP. No segundo, lê-se, por exemplo:
«O Es.Col.A cumpriu a sua parte do acordo e, dentro do prazo, fizemos com que a vereadora soubesse que estava constituída a associação. A Câmara Municipal do Porto não cumpriu a sua parte: nunca chegou ao Es.Col.A, nem a alguém a ele ligado, qualquer proposta de contrato que falasse em final do ano.»
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