Na missa que ontem teve lugar nos Jerónimos, não foi só o novo cardeal de Lisboa a ser recebido com palmas: também Cavaco Silva e Passos Coelho o foram, e terão sentido uma benção vinda dos céus ou, quem sabe, uma intervenção da Senhora de Fátima embora o calendário não assinalasse o dia 13.
Os fidelíssimos assistentes (e não, não foi só uma meia dúzia de gatos pingados) também podem ter aplaudido por ninguém ter distribuído pagelas com a letra do Grândola ou por estarem habituados a aplaudir em funerais.
Mas o mais provável, o mais verossímil, o quase garantido é que se tenham sentido identificados com o seu novo pastor que, na véspera, afirmou que «rejeita eleições antecipadas e defende soluções a partir do Parlamento» (Agência Ecclesia dixit). Não é isso, precisamente, o que Cavaco, Passos, e também os seus diversos acólitos presentes, desejam e vão decidir?
Já agora: alguém pediu a Manuel Clemente a opinião sobre o tema? Que tem ele a ver com isso? Mas no fundo, talvez seja bom que se tenha percebido ao que vem, desde o primeiro dia.
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