12.9.13

Funcionários públicos: dantes é que eram bons



«Assim se viu ressuscitar esse velho tipo de funcionário que conhece todas as minúcias do seu trabalho, só pensa no desempenho da sua função, se entusiasma com a boa ordem e aperfeiçoamento dos serviços, é progressivo, é zeloso, é exacto, não tem horas de serviço porque são todas, se é necessário, e sobretudo tem o espírito de justiça e o amor do povo. (...)
Perante credores ou devedores do Estado, esse funcionário não é altaneiro, nem arrogante, nem imensamente superior; é mestre e guia, antes de ser juiz e severo executor da lei. Vive no seu lugar, porque vive para o seu lugar; é respeitado porque se respeita; sente-se digno porque se sabe útil, e mesmo no baixo da escala, nos mesteres mais humildes, ele pode tocar a perfeição, segundo o pensamento de Junqueiro: pode ser-se sublime a varrer as ruas.»

António Oliveira Salazar, Discursos e Notas Políticas, III 1938-1943, Coimbra Editora, 1959, pp. 284-285.

Era tão mais fácil se tudo fosse ainda assim, não era? 
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1 comments:

septuagenário disse...

Era muito manhoso este sabidão!

Eu também fui funcionário dele e não senti nada disto que ele diz, ou escreveu.

Se ele disse isso em 1959, ou publicou (?), já eu tinha assinado a tal declaração do anticomunismo e ideias subversivas.

Mas como ele tinha ideias!