Do interior do ilhéu onde estou nada tenho para contar: embora reconheça que «finou-se no Ilhéu das Rolas» seria uma bela frase para o meu epitáfio, preferi não arriscar e não acompanhar quem comigo viaja numa caminhada de quase quatro horas, sob um Sol abrasador, e de onde alguns não regressaram em muito bom estado. Fiquei, e muito bem, à beira do mar, de uma piscina e de um chuveiro, neste local lindíssimo de onde deixo algumas imagens.
Continuo a não perceber o grau de subdesenvolvimento em que se encontra este país com pouco mais de 200.000 habitantes, paradisíaco como é e com a ajuda internacional de que dispõe (dizem-me que mais de 85% do que gasta, não conferi o valor). Quase tudo se importa, até a água que bebemos é Carvalhelhos… Temo que o futuro não seja brilhante, com uma pedreira situada numa área protegida já na mão dos chineses (que também pretendem o aeroporto e o porto, obviamente) e com o anunciado reforço externo para o desenvolvimento do turismo que será, ou não, gerido da melhor forma. Em resumo, que se estrague o paraíso e que a vida da grande maioria das pessoas não melhore ou as obrigue a emigrarem. Já vimos esse filme, não?
1 comments:
Será que não tem condições objectivas para ser auto-sustentável? Se tem e não caminha para aí, porque será? O paraíso "na terra" não terá, por base, a auto-sustentabilidade?
Enviar um comentário