5.6.22

Cazaquistão

 


Posso estar enganada, mas creio que nunca ligámos muito àqueles países da Ásia Central terminados em -ão e, sobretudo, que nunca os distinguimos muito uns dos outros, a não ser quando algum é especialmente «abanado», como foi o caso do Afeganistão. Não é de todo verdade, como constatei quando andei por alguns e basta olhar para o mapa para ver como um deles se destaca – o Cazaquistão.

Escreverei um dia destes sobre o que pensei quando passei por algumas regiões desse grande país. É o nono do mundo em dimensão, tem uma população de apenas 18,75 milhões de habitantes de 100 etnias diferentes (com forte tendência para crescer) e é a maior economia da Ásia Central (tem gás, petróleo e muitas reservas minerais).

Kassym-Jomart Tokayev, o actual presidente, pretende uma importante viragem: prepara um referendo nacional que inclui a proposta de transição de um modelo superpresidencial para uma república presidencial (e muitas outras mudanças). Parece pouco mas não é.

Aconselho os interessados a lerem dois artigos recentes e destaco um excerto do segundo, hoje publicado e especialmente actual.



«O Cazaquistão nunca reconheceu a anexação da Crimeia. O reconhecimento da independência das repúblicas do Donetsk e Lugansk também não está na ordem do dia. Esta é a nossa posição firme, à qual continuaremos a aderir no futuro. O nosso país absteve-se de votar resoluções na AG da ONU e no CDH sobre a crise ucraniana, uma vez que o presidente Tokayev expressou uma posição clara sobre a disponibilidade do Cazaquistão, se necessário, para agir como mediador.»
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